terça-feira, 20 de setembro de 2016

Renato Gaúcho e Fabio Carille: resolução ou regressão?


A última rodada do Campeonato Brasileiro foi cruel para os técnicos Roger e Cristóvão Borges, até em tão de Grêmio e Corinthians respectivamente. A equipe gaúcha era tida como uma das favoritas ao título e um dos técnicos mais elogiados no início do ano, apontado como o principal nome da nova geração de técnicos brasileiros. A equipe paulista, atual campeã brasileira, por outro lado, vivia um momento de reconstrução após a saída de diversos jogadores e do técnico Tite, atualmente na seleção brasileira; e apostava em um técnico sem grandes trabalhos, mas com identificação com o clube. Mas nada vinha correndo como esperado, para ambas equipes. O tricolor gaúcho vinha de uma sequencia de péssimos resultados, se destacando a goleada por 4 a 0 sofrida diante do Coritiba e a derrota por 3 a 0 frente à Ponte Preta. O alvinegro paulista não estava apresentando bom futebol, a torcida vinha criticando fortemente o técnico e também vinha de derrotas marcantes, como o 2 a 1 sofrido no clássico contra o Santos e o 2 a 0 contra a Ponte Preta. Na rodada que decretou a queda de ambos os técnicos, o Corinthians foi derrotado em casa por 2 a 0 no clássico contra seu arquirrival Palmeiras, enquanto o Grêmio perdeu, também sob seu mando, por 1 a 0 para o Fluminense.

Roger Machado e Cristóvão Borges, demitidos após a 26ª rodada do Campeonato Brasileiro

A questão é, essas demissões vão mudar de forma significativa o dia a dia dos clubes? E mais a fundo, seus substitutos são os indicados para tal tarefa?
O Corinthians aposta em alguém que conhece bem o clube, além de não ser exatamente uma nova contratação. Fábio Carille está no Corinthians desde 2009, contratado a pedido de Mano Menezes após dois anos na comissão técnica do Grêmio Barueri. Desde sua chegada ao Timão, Carille foi assistente de Mano Menezes, Adilson batista, Tite e Cristóvão Borges, tendo assumido como técnico interino em algumas oportunidades. Por um lado, pode ser positivo por ser alguém que não terá que passar por um processo de ambientação e já conhece todo o elenco. Por outro, além de perder a oportunidade de contar com o ex-Gremista Roger, o momento do alvinegro é crítico, com pressão da torcida e a equipe caindo na tabela, fazendo com que a falta de experiência de Carille possa pesar.
Coletiva com Fabio Carille e o diretor Alessandro, anunciando Carille como técnico até o final do ano

O Grêmio contratou Renato Portaluppi, o Renato Gaúcho, com um contrato de 3 meses de duração. Embora tenha marcado seu nome como jogador do tricolor conquistando a Libertadores e o Mundial e já tenha dirigido a equipe, Renato estava parado desde 2014, tendo sido o Fluminense sua última equipe como técnico. Além disso, ele não tem uma carreira de grandes resultados como técnico. O gaúcho possui 16 anos de carreira como técnico e 6 equipes dirigidas, alternando diversas passagens por Grêmio e Fluminense, além de ter comandado o Madureira, o Vasco, o Bahia e o Atlético Paranaense. Seu único título foi a Copa do Brasil de 2007, pelo Fluminense. O retrospecto não é de animar o torcedor gremista, pois, além de não ter uma carreira gloriosa após pendurar as chuteiras, os quase dois anos longe do futebol podem ser um fator prejudicial à nova passagem de Renato Gaúcho no lado azul de Porto Alegre. Outras opções do mercado poderiam criar mais expectativas para a equipe.
Apresentação de Renato Portallupi e seu auxiliar Valdir Espinosa no Grêmio

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