Lembra dele? #1 - Pedrão

Dez anos atrás aparecia para o futebol brasileiro o Grêmio Barueri. O clube, que em 2002 jogava a Série B3 do Campeonato paulista (na época, equivalente a 6ª divisão), acumulou acessos em todos os anos entre 2002 e 2006, chegando à elite do Paulistão em 2007.Ainda em 2006, jogando pela primeira vez o Campeonato Brasileiro, a equipe conquistou o acesso da Série C para a Série B, ainda subindo para a Série A em 2008. O período foi de grande felicidade para um time que jogava profissionalmente há apenas 8 anos. Dentre acessos e glórias, jogadores eram revelados para o cenário nacional. Ralf e Leandro castán, ex-Corinthians; Thiago Humberto, ex-Internacional e Fernandinho, ex-São Paulo e Grêmio e atualmente no Flamengo, são apenas alguns dos jogadores revelados pela Abelha, mascote do Grêmio Barueri. Mas além deles, um atacante já rodado foi o grande destaque, se tornando o maior ídolo da história do clube: Pedrão.

Thiago Humberto (1º), Fernandinho (4º), Ralf (5º) e Leandro Castán (6º) com a camisa do Grêmio Barueri

Christiano Florêncio da Silva recebeu o apelido de Pedrão após atropelado por um caminhão pertencente a uma empresa de botijões de gás com o mesmo nome. "Tinha um rapaz que era dono da distribuidora de gás Pedrão. Um dia durante a pelada, eu acabei sendo atropelado pelo Pedrão. Depois disso meus amigos começaram a me chamar por esse nome. Como eu ficava irritado, o apelido pegou", contou o ex-jogador em sua apresentação ao Goiás, em 2010.
O ex-atacante foi revelado pela equipe de sua cidade, o Jaboticabal Atlético. Sua fama, porém, viria bem mais tarde. Entre 2000 e 2004, o artilheiro rodou por equipes do interior de São Paulo, como Sertãozinho, Botafogo  e Taquaritinga, além do São Raimundo-AM e outras equipes paulistas. Em 2004 o jogador chegou ao clube onde fez sua fama, o Grêmio Barueri. Apesar de um empréstimo à Portuguesa e uma rápida passagem pelo Seongnam Ilhwa, da Coréia do Sul, ele foi peça fundamental na sequência de acessoas da Abelha. Além de ter sido o artilheiro do campeonato Paulista em 2009, Pedrão se tornou o maior artilheiro da história do clube, com 123 gols em 202 jogos (teve mais uma passagem pela equipe em 2011). Após a consagração, o paulista despertou o interesse do Oriente Médio e se transferiu para o Al Shabab, dos Emirados Árabes, ainda na metade de 2009. Com 13 gols em 10 jogos, retornou ao Brasil em 2010 para atuar pelo Goiás. Em setembro do mesmo ano, o jogador era anunciado pelo São Caetano.

Pedrão com as camisas do Grêmio Barueri, Al Shabab-EAU e São Caetano

No início do ano seguinte, um dos momentos mais diferentes de sua carreira. Pedrão começava o ano vestindo a camisa do Linense, para a disputa do Campeonato Paulista, mas após apenas quatro jogos disputados se transferiu para o Vitória. 29 dias após a chegada ao Rubro Negro baiano, alegando falta de oportunidades e sem ter disputado um jogo sequer, o atacante retorna ao Linense.
Encaminhando para o fim de sua carreira, o atacante passou a rodar o interior de São Paulo nos anos seguintes, passando por equipes como o América de Rio Preto e o Rio Branco. Em 2014, atuando pela Inter de Bebedouro, o maior ídolo do Grêmio Barueri anunciou sua aposentadoria após a disputa da Série B do Campeonato Paulista Ele ainda retornou para poucos jogos, atuando pelo Itaporã-MS, jogando a segunda divisão do estado.
Atualmente aposentado de vez, o ex-jogador auxilia sua equipe formadora o Jaboticabal, fazendo parte da diretoria do clube que disputa a Liga Paulista.

Pedrão, diretor do Jaboticabal Atlético