sexta-feira, 26 de maio de 2017

Porque o título do Chelsea é o mais merecido dos últimos anos

Após uma temporada mágica que deu ao Leicester seu primeiro título da Premier League, a temporada 2016-2017 trouxe mais um campeonato impressionante de seu campeão, mas de uma forma diferente. Desta vez o destaque é totalmente técnico, mas pouco surpreende por seu passado e estrutura.
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O Chelsea sempre teve elencos com muitas estrelas, costumeiramente disputando todos os títulos que disputa, mas teve uma péssima temporada 2015-2016, terminando a liga local na modesta 10ª colocação, ficando de fora das competições continentais pela primeira vez na Era Abramovich.  Mas, ao fim da temporada citada, os Blues já haviam acetado com o italiano Antonio Conte para ser o novo técnico da equipe. Conte vinha de um ótimo trabalho na Juventus, reestruturando a equipe de Turim e conquistando três “Scudettos” (como é referido o título italiano) em três disputados, além de ter feito uma ótima Eurocopa com a seleção italiana.
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Antonio Conte chegou ao Chlsea após bom trabalho na seleção italiana
O início de Conte no Chelsea não foi brilhante, mas não surpreendia, pois todos sabiam que havia trabalho a ser feito. Na quinta rodada, os Blues perderam por 2 a 1 para o Liverpool em casa. Na sexta, derrota no clássico de Londres por 2 a 0 para o Arsenal fora de casa. Isso “mostrava” que a expectativa para a temporada não era nada boa. O time ainda não havia encontrado um padrão tático ideal, a defesa vinha batendo cabeça e o ataque não vivia boa fase, incluindo o grande craque do time, Eden Hazard. Além disso, a eliminação na Copa da Liga Inglesa frente ao West Ham, em derrota por 2 a 1, era mais um indício que a torcida se decepcionaria com Antonio Conte no comando. Mas foi dali em diante que a equipe engrenou.
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Nemanja Matic, Eden Hazard e N'Golo Kanté são três dos pilares dos Blues

Antonio Conte passou a jogar com três zagueiros, esquema que é visto como ultrapassado no Brasil (curioso, não?). David Luiz, Azpilicueta e Gary Cahill encaixaram perfeitamente, com o espanhol e o inglês dando a solidez na marcação dos Blues e o brasileiro sendo o pulmão e auxiliando muito nos contra-ataques, dando início as jogadas. O trio foi primordial para que os “laterais” Victor Moses e Marcos Alonso passassem a ter mais liberdade pra jogar, principalmente Moses, que é um ponta de origem, sendo fundamental na criação da equipe por sua velocidade. Quanto à parte ofensiva, bastava se encontrar, pois Hazard e Diego Costa são de qualidade inquestionáveis. Apesar disso tudo, o grande nome do Chelsea na temporada foi o volante francês N’Golo Kanté, sendo o pulmão da equipe e um mestre nos desarmes, além de dar o apoio necessário à criação da equipe. Kanté foi eleito o melhor jogador da Premier League, não à toa. O francês se tornou o primeiro jogador a conquistar a Premier League duas vezes de forma consecutiva por equipes diferentes. Além de todas essas razões que fizeram dos Blues legítimos campeões com todos os mértios, a equipe ainda é favorita ao título da FA Cup, torneio no qual disputará a final contra seu rival londrino Arsenal.

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