Após uma temporada mágica que deu ao Leicester seu primeiro
título da Premier League, a temporada 2016-2017 trouxe mais um campeonato
impressionante de seu campeão, mas de uma forma diferente. Desta vez o destaque
é totalmente técnico, mas pouco surpreende por seu passado e estrutura.
O Chelsea sempre teve elencos com muitas estrelas, costumeiramente
disputando todos os títulos que disputa, mas teve uma péssima temporada
2015-2016, terminando a liga local na modesta 10ª colocação, ficando de fora
das competições continentais pela primeira vez na Era Abramovich. Mas, ao fim da temporada citada, os Blues já
haviam acetado com o italiano Antonio Conte para ser o novo técnico da equipe.
Conte vinha de um ótimo trabalho na Juventus, reestruturando a equipe de Turim
e conquistando três “Scudettos” (como é referido o título italiano) em três disputados,
além de ter feito uma ótima Eurocopa com a seleção italiana.
Antonio Conte chegou ao Chlsea após bom trabalho na seleção italiana |
O início de Conte no Chelsea não foi brilhante, mas não
surpreendia, pois todos sabiam que havia trabalho a ser feito. Na quinta
rodada, os Blues perderam por 2 a 1 para o Liverpool em casa. Na sexta, derrota
no clássico de Londres por 2 a 0 para o Arsenal fora de casa. Isso “mostrava”
que a expectativa para a temporada não era nada boa. O time ainda não havia
encontrado um padrão tático ideal, a defesa vinha batendo cabeça e o ataque não
vivia boa fase, incluindo o grande craque do time, Eden Hazard. Além disso, a
eliminação na Copa da Liga Inglesa frente ao West Ham, em derrota por 2 a 1,
era mais um indício que a torcida se decepcionaria com Antonio Conte no
comando. Mas foi dali em diante que a equipe engrenou.
Nemanja Matic, Eden Hazard e N'Golo Kanté são três dos pilares dos Blues |
Antonio Conte passou a jogar com três zagueiros, esquema que
é visto como ultrapassado no Brasil (curioso, não?). David Luiz, Azpilicueta e
Gary Cahill encaixaram perfeitamente, com o espanhol e o inglês dando a solidez
na marcação dos Blues e o brasileiro sendo o pulmão e auxiliando muito nos
contra-ataques, dando início as jogadas. O trio foi primordial para que os “laterais”
Victor Moses e Marcos Alonso passassem a ter mais liberdade pra jogar,
principalmente Moses, que é um ponta de origem, sendo fundamental na criação da
equipe por sua velocidade. Quanto à parte ofensiva, bastava se encontrar, pois
Hazard e Diego Costa são de qualidade inquestionáveis. Apesar disso tudo, o
grande nome do Chelsea na temporada foi o volante francês N’Golo Kanté, sendo o
pulmão da equipe e um mestre nos desarmes, além de dar o apoio necessário à
criação da equipe. Kanté foi eleito o melhor jogador da Premier League, não à
toa. O francês se tornou o primeiro jogador a conquistar a Premier League duas
vezes de forma consecutiva por equipes diferentes. Além de todas essas razões
que fizeram dos Blues legítimos campeões com todos os mértios, a equipe ainda é
favorita ao título da FA Cup, torneio no qual disputará a final contra seu
rival londrino Arsenal.
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